Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, voltou a criticar o bitcoin (BTC) nesta segunda-feira (22). Ela afirmou que o criptoativo não será amplamente utilizado como mecanismo de troca e novamente levantou preocupações sobre seu uso em financiamentos ilícitos. “É uma forma extremamente ineficiente de conduzir transações”, disse.
Como Secretária do Tesouro do governo de Joe Biden, Yellen é uma importante figura no cenário de regulamentação de criptomoedas em todo o mundo. Suas declarações foram um dos fatores que levaram o bitcoin à maior queda diária da história em seu preço em dólares nesta semana.
Bitcoin facilitaria atividades ilícitas
Yellen falou durante uma conferência do The New York Times nesta segunda-feira. Em resposta a uma jornalista da CNBC, ela disse: “Não acho que o bitcoin… seja amplamente usado como mecanismo de transação”.
A secretária ainda acrescentou que da maneira que a criptomoeda é usada hoje, ela “teme que geralmente seja para financiamento ilícito”. Contudo, Yellen não apresentou evidências para sustentar sua declaração. Esse seu posicionamento não é surpresa, ela vem levantando preocupações sobre o financiamento do terrorismo e de operações de lavagem de dinheiro através do bitcoin desde antes de sua posse.
Nesta ocasião, ela não mencionou outras criptomoedas, apenas o bitcoin. Em sessões no Senado americano que antecederam sua posse, a Yellen levantou diversas vezes sua preocupação com moedas digitais facilitarem atividades criminosas.
Porém, o principal contra-argumento utilizado pelos defensores do bitcoin é que ele não é anônimo como muitos acreditam. Na realidade, a criptomoeda registra todas suas transações em um livro contábil eletrônico chamado de blockchain. Esses registros são permanentes, imutáveis e acessíveis por qualquer pessoa no mundo. Portanto, seria muito mais fácil rastrear transações feitas através da moeda digital do que as realizadas com dinheiro físico.
Criptomoeda seria ineficiente para transações
Janet Yellen também opinou sobre o uso do bitcoin como moeda de troca. “É uma forma extremamente ineficiente de conduzir transações, e a quantidade de energia consumida no processamento dessas movimentações é impressionante”, disse ela.
O bitcoin atualmente consome uma quantidade de energia elétrica superior a países como a Holanda e Emirados Árabes, conforme aponta o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index. Isso acontece porque é necessário que múltiplas máquinas no mundo todo estejam sempre processando as transações envolvendo a criptomoeda na rede blockchain, esse processo é chamado de “mineração”.
Bitcoin sofre maior queda diária da história
Após as falas de Yellen, a criptomoeda passou pela maior queda diária de sua história. Ontem, o bitcoin sofreu uma desvalorização relâmpago. De US$ 58.332 que o ativo chegou a valer no domingo, o mais recente recorde de preço, ele caiu para US$ 47.780 na manhã de segunda-feira.
“É um ativo altamente especulativo e as pessoas devem estar cientes de que pode ser extremamente volátil. Eu me preocupo com as perdas potenciais que os investidores podem sofrer”, disse Yellen.
A desvalorização continuou consolidada nesta terça-feira (23). O ativo opera na casa dos US$ 48 mil, mas chegou a cair para abaixo dos US$ 45 mil pela primeira vez desde o dia 10 de fevereiro.
Com informações: CNBC
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