Uma rocha pontiaguda, bastante incomum, foi descoberta no lado oculto da Lua deixando cientistas da missão espacial chinesa Chang’e 4 “maravilhados”. Segundo informações publicadas no Our Space, canal de divulgação científica da CNSA (Administração Espacial Nacional da China), o rover Yutu-2 encontrou a rocha alongada e que aponta para o alto no mês passado.
De acordo com os cientistas, a impressão é que ela foi colocada no local para marcar a localização, servindo como um “ponto de referência”.Tudo aconteceu um dia antes do Yutu-2 hibernar — o que ocorre quando se torna noite lunar e os raios solares não incidem na região e o rover tem seus sistemas desativados, mantendo ligado apenas o essencial para que possa ser reativado na manhã lunar seguinte.
Por isso, os cientistas precisaram esperar um tempo até iniciarem uma análise mais detalhada. Já foram feitas algumas imagens do objeto incomum e de rochas e crateras de impacto das redondezas, mas ainda não o suficiente para tirar boas conclusões.
Tanto o módulo de pouso Chang’e 4 como o Yutu-2 retomaram as suas atividades para o 27º dia lunar no outro lado da lua em 6 de fevereiro, após ficarem inativos durante a noite lunar. Cada dia na lua dura aproximadamente duas semanas aqui na Terra, assim como as noites lunares.
Dan Moriarty, bolsista do programa de pós-doutorado da NASA no Goddard Space Flight Center, disse ao Space.com que a rocha pode ter se formado após eventos como impactos repetidos, tensões de ciclos térmicos e outras formas de intemperismo na superfície lunar, que tendem a quebrar as rochas em formas mais ou menos esféricas.
Para Moriarty, que não participa da missão mas observou as imagens, a origem da rocha pode ser o material ejetado de alguma cratera próxima. Ele acrescenta, no entanto, que esta avaliação inicial é apenas uma suposição. Clive Neal, especialista lunar da Universidade de Notre Dame, também acha que, com base nas imagens, os espécimes foram ejetados por impacto, em vez de serem rochas expostas, mas questiona a origem do material — se ele é local ou de fora da área.
O plano é analisar a rocha com o instrumento VNIS (Visible and Near-infrared Imaging Spectrometer), que detecta a luz que é espalhada ou refletida em materiais para revelar sua composição. O aparelho já foi usado para investigar uma série de rochas e amostras de regolito (material de uma superfície rochosa, como poeira e pedrinhas) que cruzaram o caminho do Yutu-2 na cratera Von Karman.
[ad_2]
Fonte Notícia