A Oi anunciou que irá emitir R$ 2,5 bilhões em debêntures conversíveis para investir na rede de fibra óptica da InfraCo. A companhia precisa dessa tecnologia para continuar relevante, e segue com a expansão da infraestrutura da banda larga Oi Fibra e planeja dobrar o número de clientes em 2021.
Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas, e o valor obtido é utilizado para que uma determinada companhia reforce o caixa e viabilize investimentos. Na prática, a Oi está vendendo uma dívida na qual a própria operadora é a devedora, de forma similar ao que acontece com títulos públicos como o Tesouro Direto. No caso da tele, a debênture é conversível e o valor investido poderá ser revertido em ações.
As debêntures conversíveis da Oi possuem garantia real pela Brasil Telecom Comunicação Multimídia (BTCM), a subsidiária da tele que responde pela InfraCo, braço de fibra óptica da companhia. Sendo assim, os recursos captados não serão direcionados para a unidade de clientes da operadora (ClientCo).
Oi Fibra teve crescimento acelerado em 2020
A Oi tem um extenso plano estratégico para colocar em prática, e a empresa quer se transformar em uma grande companhia de fibra óptica. A unidade de telefonia móvel foi vendida para Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões, mas o negócio ainda precisa ser aprovado pela Anatel e Cade.
Os investimentos em fibra óptica se mostraram importantes nos resultados da companhia, que está em ritmo acelerado de crescimento: a Oi atingiu a marca de 2 milhões de clientes da banda larga Oi Fibra, sendo que 1,3 milhão de acessos foram adicionados apenas em 2020.
A operadora encerrou o ano passado com disponibilidade de fibra em 9,1 milhões de casas (home passed) em 228 municípios. Para 2021, a Oi quer ter 4 milhões de clientes da Oi Fibra e cobertura em mais 94 cidades.
Oi precisa expandir fibra pra continuar relevante
A maior parte dos clientes da Oi ainda é atendida por linhas de cobre, que entrega internet por tecnologia xDSL com velocidades baixas. A empresa perdeu diversos clientes para os pequenos provedores de internet, que costumam ter um melhor serviço e mais rápido com fibra óptica.
Para continuar sendo uma operadora relevante para usuários residenciais, a Oi precisa expandir a rede de fibra com tecnologia FTTH. Para isso, a empresa irá aproveitar sua extensa rede de transporte (backbone), que possui mais de 400 mil km de cabos ópticos interligando cerca de 2.300 municípios brasileiros.
Uma forma encontrada para otimizar o investimento é transformar essa extensa malha óptica em uma rede neutra, que poderá ser “alugada” por outras empresas. A Oi busca um sócio para a unidade de fibra InfraCo, e já firmou um acordo de exclusividade com o banco BTG Pactual.
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