A China irá encerrar todas as instalações de mineração de criptomoedas na região da Mongólia para reduzir os altos gastos de energia. O país é conhecido por ter uma dos custos de eletricidade mais baratos do mundo, e isso atrai muitos mineradores para operarem lá.
Fábricas versus criptomoedas
Essa região da Mongólia é também um enorme parque industrial para produção de aço, metanol e outros. Assim, naturalmente a área já consome muita eletricidade. Ela também foi a única das 30 divisões territoriais continentais que falhou em cumprir com as metas energéticas mais recentes planejadas por Pequim. O governo chinês levantou críticas ainda em setembro de 2020 sobre o problema.
Porém, foi agora no final de fevereiro que se determinou o fechamento de todas as novas e existentes instalações de mineração de criptomoedas na região. O governo local deu até abril como prazo limite para que os mineradores cessem as atividades.
A mineração de bitcoin e de outras criptomoedas consome uma grande quantidade de energia. Com Pequim lançando planos de economia de eletricidade por todo o país, as instalações dos mineradores são dispensáveis em comparação aos vastos parques industriais chineses.
Mineração vai contra plano de sustentabilidade
Além disso, a China se comprometeu em reduzir suas emissões de carbono. O plano é diminuir pela metade a poluição atmosférica até 2030 e atingir a neutralidade de C02 até 2060. Uma vez que a energia barata chinesa vem principalmente de usinas que queimam carvão, a redução no consumo elétrico é absolutamente necessária para os planos de sustentabilidade.
O Departamento de Indústria e Energia da Mongólia Interior revelou o plano anti-mineração de criptomoedas na última semana de fevereiro, mas ele ainda está sujeito a discussões diante da opinião pública e a possíveis alterações. Ainda que não completamente aprovado, é quase certa a aplicação da proibição tendo em vista que órgãos regionais e federais estão quase em consenso sobre o assunto.
Mesmo sem as metas de economia de energia definidas para 2021, as autoridades locais da Mongólia propõem reduzir o consumo de eletricidade na região em 3% neste ano. Dito isso, a mineração de criptomoedas é o primeiro obstáculo a ser eliminado. Contudo, o plano se extende para pequenas empresas industriais e ineficientes que também deverão parar de funcionar até 2022.
Região aumenta consumo desde 2016
A Mongólia oferece um dos custos de eletricidade mais baixos do mundo todo. De 2016 até o final do ano de 2019, as autoridades viram um aumento de 9,5% no consumo energético. Não se sabe ao certo qual a participação que a mineração de criptomoedas tem nessa alta, mas enquanto as fontes das usinas locais forem fósseis, mineradores continuarão na China, mesmo que não seja na Mongólia.
Com informações: Reuters
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