Kings of Leon se tornará a primeira banda a registrar um álbum em NFT, ou token não fungível, uma nova forma de ativo digital registrado em blockchain. O mais recente lançamento do grupo, “When You See Yourself”, sairá em todos os streamings de música tradicionais, como Spotify e Apple Music, mas também estará disponível como um NFT na plataforma YellowHeart.
A informação foi publicada nesta última quarta-feira (03) pela Rolling Stone, mas o álbum será oficialmente lançado na sexta. Um NFT, ou token não fungível, é essencialmente um ativo digital que opera sob uma tecnologia que permite o registro criptografado e imutável de qualquer arquivo em redes blockchain, garantindo sua autenticidade e exclusividade.
Banda lançará várias opções de tokens
Três tipos de tokens serão lançados pela banda como parte da série “NFT Yourself”. O primeiro produto cripto é um pacote que inclui o álbum especial, o segundo oferece shows ao vivo e vantagens como assentos na primeira fila para toda a vida, enquanto o terceiro são para artes audiovisuais únicas.
Todos os pacotes em NFTs virão acompanhados por produções artísticas exclusivas e serão oferecidos através da plataforma de música em blockchain YellowHeart. O token que inclui o álbum “When You See Yourself” estará disponível por US$ 50, mais caro que no iTunes, por exemplo, mas também trará diferenciais.
O NFT inclui mídia aprimorada, com uma espécie de capa de álbum alternativo, downloads das músicas e vinil de edição limitada. As vendas começarão na sexta-feira (05) às 14h no horário de Brasília e se manterão por duas semanas. Uma das características dos tokens não fungíveis é a natureza colecionável e exclusiva deles. Portanto, após esse período o álbum nunca mais será vendido nesta versão.
18 “bilhetes dourados” serão criados
A YellowHeart criará 18 “bilhetes dourados” para o lançamento do álbum. Esses NFTs serão extremamente limitados, 6 deles irão à leilão, enquanto outros 12 estarão disponíveis normalmente para a compra sob um valor não divulgado. O CEO e fundador da plataforma de música em blockchain, Josh Katz, afirmou à Rolling Stone: “Cada um desses bilhetes é um NFT único com a arte mais incrível dos Kings of Leon que você já viu”.
Esses tokens premium limitados darão acesso a shows ao vivo da banda, também marcando a primeira vez na história que um ticket de apresentação musical é vendido como NFT. Os compradores terão direito a quatro assentos na primeira fila em absolutamente qualquer show da banda, em qualquer lugar do mundo, e por toda a vida.
Além disso, o token limitado oferece motoristas pessoais para levar e buscar seu dono para os shows, um concierge para cuidar de suas necessidades durante a apresentação, um hangout com a banda antes dos eventos e acesso exclusivo ao lounge.
NFTs podem reformular indústrias artísticas
As indústrias internacionais de arte visual e música estão realmente aderindo aos tokens não fungíveis. No último domingo, a cantora pop Grimes também lançou uma série de obras de arte em NFTs, variando de vídeos com músicas exclusivas até imagens estáticas vinculadas ao conceito de seu último álbum. A artista canadense lucrou US$ 6 milhões com as vendas dos tokens.
Enquanto isso, o youtuber Logan Paul, que possui aproximadamente 23 milhões de inscritos em seu canal, criou uma arte dele mesmo segurando cartas de Pokémon em estilo de anime e a transformou em um NFT. Ele vendeu o estoque limitado de 3 mil unidades por 1 ether (ETH) cada, faturando mais de US$ 5 milhões.
Uma vez que Kings of Leon se coloca como a primeira banda a lançar um álbum em NFT, as implicações dessa nova forma de se registrar e vender criações autorias ainda são incertas, mas cheias de possibilidades. “Nos últimos 20 anos vimos a desvalorização da música”, disse Katz à Rolling Stone. Segundo o CEO da Yellowheart, vender música se tornou algo muito difícil hoje em dia pela popularização dos serviços de streaming. “Antigamente, custava US$ 20 para comprar uma música”.
Para Katz, os NFTs seriam uma alternativa para retomar a valorização do trabalho musical de artistas. A exclusividade de se possuir um produto original e limitado garantida pelas redes blockchain geram o mesmo tipo de valor agregado que obras de arte físicas possuem há décadas.
Assim, os lançamentos limitados e criptografados em blockchain se valorizariam com o tempo. A novidade é que não se pode vender um NFT no eBay, por exemplo. Trata-se de uma transação similar a de criptomoedas, e assim os artistas também podem lucrar toda vez que um de seus tokens é revendido.
Com informações: Rolling Stone
[ad_2]
Fonte Notícia