Tecnologia do Facebook treinará robôs domésticos para realizar tarefas de casa


Quando se fala em Facebook, as pessoas logo pensam em redes sociais, mas a empresa tem vários projetos na área de inteligência artificial para impactar a vida humana, inclusive na hora de organizar a sua casa. Imagine nunca mais precisar botar o lixo para fora ou arrumar as compras do mercado: isso pode ser tornar realidade graças a uma tecnologia da empresa de Mark Zuckerberg.

A gigante das mídias sociais está criando uma IA capaz de treinar robôs para realizar aquelas tarefas que ninguém gosta de fazer, como limpar banheiros ou varrer o chão. Esse recurso é um aprimoramento da tecnologia Habitat, uma plataforma de simulação de ambientes domésticos fotorrealistas em 3D.

A versão de 2019 da IA era capaz de desviar de caixas e outros obstáculos (Imagem: Reprodução/Facebook)

Criado em 2019, esse sistema de código aberto tinha como meta mapear os locais, mas hoje é usado para treinar a movimentação de robôs por ambientes inspirados em casas de verdade. A versão 2.0 do Habitat traz novos benchmarks, um conjunto de dados aprimorados e velocidades de processamento até 100 vezes superiores à antecessora, o que permitirá o treinamento em locais mais imersivos e interativos.

A promessa é possibilitar uma locomoção muito melhor e a introdução de tarefas levando em conta esse espaço mapeado. Com os devidos aprimoramentos, os robôs poderão guardar compras na geladeira, arrumar a mesa para o jantar, colocar a louça na máquina de lavar e até levar o lixo para fora. Os robôs mordomos dos Jetsons nunca estiveram tão perto de virar realidade.

Só pelas fotos já dá para ter uma ideia de como a versão 2.0 evoluiu (Imagem: Reprodução/Facebook)

Simulação em ambientes tridimensionais

Segundo o Facebook, o “pulo do gato” se chama ReplicaCAD. Ele usa um conjunto de dados reconstruídos para um modelo em três dimensões, com obstáculos, níveis distintos e vários objetos interativos. Diferentemente do robozinho que limpam casas pelo mundo, cuja função é puramente baseada em sensores para evitar se chocar com paredes, aqui o Habitar 2.0 consegue promover tarefas mais complexas e inteligentes.

Para garantir a eficiência, o aprendizado de máquina leva em conta informações como composição do material, geometria, textura, cores e outros aspectos dos objetos. Esse conjunto permite que a IA cruze milhares de dados para entender que aquilo é a porta da geladeira, um livro caído e até uma almofada em formato peculiar jogada no chão.

O ambiente em 3D permite situar melhor o robô para execução de tarefas mais complexas (Imagem: Reprodução/Facebook)

Depois de identificar o objeto, o robô consultaria suas informações para saber como agir. Ele seria capaz de tomar decisões rápidas e assertivas, como colocar o livro de volta na estante e coletar a almofada caída para devolvê-la ao sofá. Por enquanto, o sistema é capaz de identificar 92 objetos que os artistas 3D levaram mais de 900 horas para criar. Ainda não é um sistema tão intuitivo, afinal depende de uma atuação humana (e demorada) para funcionar, mas os avanços são inegáveis.

O pesquisador do Facebook Dhruv Batra, responsável pelo projeto, espera que seja possível fornecer uma estrutura de pesquisa robusta o suficiente para que seja feito o treinamento com robôs físicos de verdade. “Esperamos que a capacidade de realizar tarefas mais complexas em simulação nos aproxime da IA que pode ajudar a tornar nossa vida cotidiana mais fácil e melhor”, concluiu o especialista.

Fonte: Facebook

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